quarta-feira, 29 de maio de 2013

O fim do Fireworks e da Adobe Creative Suite


O fim do Fireworks e da Adobe Creative Suite 


A Adobe anunciou que a Creative Suite deixará de existir após a versão CS6 e que ela será substituída exclusivamente pela Creative Cloud.

Em seu nível mais básico, isso significa que não haverá licenças perpétuas para produtos da Adobe futuramente (embora, por enquanto, você ainda será capaz de comprar CS6 nesse formato) e, em vez todo o  software, a Creative Cloud estará disponível só por assinatura. Ao mesmo tempo, também anunciou a descontinuação do Fireworks. As atualizações de segurança serão fornecidas assim como as correções de bugs, mas para todos os efeitos, o Fireworks CS6 está morto. As petições de clemência já começaram, mas parece provável que em algum momento o CEO da Adobe irá recuar dessa decisão. Mas na prática, o que isso tudo significa?



Para as pessoas que usam a Creative Suite, esta é uma grande mudança. A Adobe tem sido a líder em software gráficos e da web durante anos (especialmente após a compra da Macromedia). Eu já tenho ouvido queixas de alguns colegas insatisfeitos com a mudança, embora muitas de suas queixas realmente não tem muito mérito se você realmente examinar a questão mais de perto.

Quanto isso vai custar?

Quanto vai custar?
O preço é, provavelmente, a queixa mais comum que eu tenho ouvido. Mas se dividir esse custo a longo prazo para a assinatura, em comparação com o custo das licenças perpétuas, a assinatura realmente sai mais barata do que atualmente.
Fazendo a comparação pelos valores nos Estados Unidos, a nova licença para Creative Suite Coleção 6 Master nos EUA  sairá por US$ 2.600 dólares. Uma licença de upgrade vai custar entre US$ 550 (se você já tem a Coleção CS5.5 Master) ou de US $ 1.000 (se você tivesse qualquer a versão CS5 ou 5,5). A Adobe tem historicamente oferecido grandes atualizações a cada 18 meses ou mais, o que significa que o custo mensal fica dividido entre US$ 30 e US$ 58 por mês. Se você tiver que comprar todo a Creative Suite, bom, aí sim estamos falando de um custo de mais de US$ 144/mês por 18 meses, um valor caro para um usuário comum, mas ainda mais barato do que os valores atuais.
A boa notícia é que a Adobe está oferecendo assinaturas da Creative Cloud para os novos usuários por US$ 50/mês, e para os usuários “upgrade” por apenas US$ 30/mês para o primeiro ano (e usuários da CS6 receberão um desconto ainda mais acentuado para o primeiro ano). A outra grande vantagem é que você não terá que gastar mais um grande pagamento adiantado. Isso torna muito mais acessível para novos designers ou pequenas agências, e, obviamente, vai reduzir os custos para iniciantes.

Mas eu não quero o meu trabalho na nuvem!

Computer clouding
Bom, você não precisa hospedar seu trabalho na nuvem, o próprio software é executado diretamente no seu computador, e não online. A nuvem oferece uma série de grandes recursos que você pode querer aproveitar, mas você pode continuar usando seus produtos normalmente. Se a sua conexão de internet é baixa (problema ainda muito comum entre usuários neste Brasilzão de Deus), você não precisa se preocupar se o seu software não está funcionando. Ele só precisa validar a sua licença a cada 30 dias, e com o plano anual ainda vai trabalhar por mais de 3 meses (99 dias) sem validar. Claro que, sem acesso à internet, você não será capaz de acessar os recursos CC on-line, mas o software em seu computador continuará  funcionando muito bem.

Mas como faço algo pirata na nuvem?

pirataria
Minha resposta para isso é que você realmente não deve ser piratear o software, em primeiro lugar. Sem entrar em todo o debate moral e ético em torno da pirataria de software e se ela é ou não aceitável, vamos olhar para um pequeno aspecto do mesmo: a maior razão dada para a pirataria é que muitas vezes o produto não é acessível. Obviamente, o designer amador ou iniciante pode não querer ou ser capaz de gastar milhares de dólares em software. É compreensível. Mas considere que a maioria dos designers profissionais que usam produtos da Creative Suite conseguem ganhar bem mais de US $ 50/mês trabalhando com o software. Olhando por esse lado, não me parece tão absurdo utilizar software original. E há alternativas gratuitas e de baixo custo que atendam às necessidades da maioria dos amadores, se eles não querem gastar esse tipo de dinheiro mensalmente.
Eu entendo a frustração de muitas pessoas que trabalham com um hobby ou apenas gostam de “brincar” no Photoshop ou outro programa Adobe, mas, ao mesmo tempo, não é isso que irá impedi-lo de trabalhar. A Adobe afirma que a dificuldade acrescida de piratear seus produtos não tem nada a ver com sua decisão de fazer a transição para uma linha de produtos inteiramente baseado em assinatura (mas é claro que isso é um bônus apreciado por eles).

Eu só uso o Photoshop e Illustrator e não quero pagar por tudo

Profissional
Boa notícia: você não precisa. Existem muitas pessoas que só usam Photoshop ou Illustrator, ou qualquer um dos outros produtos. E nesses casos, você pode se inscrever para apenas um programa por uma taxa de desconto de US$ 19.99 por mês. Esta é uma ótima opção para aquelas pessoas que só usam um produto (como fotógrafos que só usam o Photoshop ou visual designers que utilizam apenas o After Effects).
A transição para a nuvem vai ser uma mudança indesejável para alguns designers e outros profissionais da área de criação, mas no geral, eu acho que é uma boa notícia para a indústria e para os profissionais criativos. Você terá acesso a mais programas e mais recursos por menos dinheiro. E você vai obter as atualizações em uma base mais consistente, sem custo adicional. Custará dinheiro? Sim, mas é um passo importante para a legalização e funcionamento aperfeiçoado, sem os bugs costumeiros de versões piratas e com recebimento de atualizações importantes.

O fim do Fireworks

Fim do Fireworks
Para mim, parece que a Adobe está decidida a aceitar as recomendações da W3C na criação de sites mais baseados em códigos e menos baseados em imagens.  Então, a extinção do programa para mim me parece natural. Mas ao que tudo indica, para um grande número de designers, o Fireworks ainda é a única ferramenta de trabalho possível. Ok, o programa corta em fatias HTML melhor que o Photoshop. O problema é que ainda estabelece a página em tabelas – um padrão muito ultrapassado atualmente. Hoje, na era do design responsivo, design plano, a web móvel, SEO, tudo que é considerado uma boa prática por web designers contemporâneos me parece distante do Fireworks.
O argumento principal daqueles que levantam a bandeira de apoio ao programa é que ele é excelente para prototipagem rápida de páginas web e maquetes. Isso pode ter sido o caso há alguns anos atrás, mas o Fireworks cria imagens de sites estáticos, o que torna quase tão útil para maquetes como … bem … o Photoshop!
Por enquanto o Fireworks CS6 continua a fazer parte da Creative Cloud. No entanto, com seu inevitável declínio, é difícil enxergá-lo como uma opção realista para o web design atual. Muitos vão buscar uma alternativa, e essa é a realidade para os novos tempos que virão: mais códigos e menos imagens. Se você ainda não tinha se adequado a essa nova realidade, chegou a hora de fazê-lo!
Quem quiser ler mais sobre as mudanças na Creative Suite poderá fazê-lo neste link. Nele a Adobe explica um pouco mais sobre a Creative Cloud e seus recursos em uma carta dirigida aos seus consumidores (em inglês, mas nada que o bom e velho Google tradutor não ajude…).
Um grande abraço a todos e até o próximo post!

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